sexta-feira, 2 de maio de 2014

MEDITANDO NA PALAVRA - I e II SAMUEL

Encerrei a leitura de I Samuel, portanto nove livros foram concluídos!
Observamos neste livro a decadência do ministério sacerdotal com os filhos de Eli e consequentemente a derrocada do povo de Israel ao rejeitar a liderança de Samuel e escolherem para si um rei. É incrível acompanharmos a obstinação de Saul e sua ânsia por matar Davi... que fim trágico para esse homem orgulhoso, presunçoso e precipitado! Mas ao mesmo tempo compreendemos porque Davi era homem "segundo o coração de Deus".
Homem prudente, e que tinha sua confiança firmada em Deus, questão que se torna clara quando vai enfrentar o gigante: "...eu vou a ti em Nome do Senhor dos Exércitos...". Não que Davi fosse perfeito, mas sempre perseguiu a justiça! É lindo quando vemos por duas vezes ele poupar a vida de Saul e também a forma como intercedeu em favor dos soldados cansados garantindo a eles a divisão dos despojos. Muito conteúdo, muitas aplicações e muita edificação! Amei a leitura do livro e quanta coisa nova Deus me revelou! Para mim o versículo chave é: "...Bendito o SENHOR, Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro. E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me estorvaste de vir com sangue e de que a minha mão me salvasse..." I Sm 25:32 e 33.
Que o exemplo de Abigail nos ajude a sempre levarmos bons conselhos aos que precisam de direção!
Já o Segundo Livro de Samuel começa com a notícia da morte de Saul e Jônatas chegando até Davi que proclama luto e lamenta a perda.
Davi desloca-se para Hebrom e é ungido rei sobre a tribo de Judá; no entanto, o General Abner proclama Isbosete, filho de Saul, rei de todas as outras tribos dando início a uma batalha pela unificação do Reino: Davi e seu exército liderado por Joabe contra Isbosete e seu exército liderado por Abner. Com as forças de Abner sendo suplantadas pelas de Joabe, Abner passa a intermediar uma rendição diante de Davi que exige a "devolução" de sua esposa Mical. Ao retornar para levar as novas a Israel e a Isbosete Abner é assassinado por Joabe que mina por completo qualquer intenção de resistência de Isbosete que acaba por ser morto em seu próprio quarto sobre sua cama por dois de seus súditos. Os dois assassinos, levam a notícia a Davi pensando que iriam agradá-lo, mas Davi indigna-se por essa traição e pede a execução dos dois.
Com a morte de Isbosete Davi é proclamado rei sobre todo Israel com 30 anos de idade; após reinar 7 anos em Hebrom, invade Jerusalém, tomando-a dos jebuseus e faz dela a sua casa onde reina por mais 33 anos totalizando 40 anos de reinado.
O rei então resolveu trazer para a capital a Arca da Aliança que estava por anos na casa de Abinadabe e durante o trajeto Uzá é morto por tocar na Arca da Aliança ignorando a ordem do Senhor de que ninguém a não ser os levitas poderiam tocar nela.
Ao festejar cantando e dançando durante a entrada da Arca em Jerusalém, Davi causou indignação em Mical que o desprezou comparando-o a um vadio dançando diante das mulheres ao que foi veemente repreendida pelo rei.
Vemos em seguida o rei estendendo sua generosidade para com Mefibosete, filho de Jônatas, como também observamos grandes vitórias obtidas por Davi sobre filisteus, moabitas, amonitas, arameus e edomitas. No entanto, também presenciamos suas maiores derrotas: O adultério com Bate-Seba e a execução de Urias como também o desmoronamento de seu lar com as tragédias envolvendo seus filhos: o estupro de Tamar pelo próprio irmão Amnon e o posterior assassinato de Amnon pelo irmão Absalão que acabou por insurgir contra o próprio pai traindo-o, dividindo o reino e ultrajando-o ao relacionar-se com as concubinas do rei a "céu aberto".
O exército de Davi se levantou para conter a insurreição e Absalão acabou morto trazendo para Davi mais um tempo de luto e lamento.
O livro encaminha-se para o fim com Davi apagando os últimos "focos" de revolta, reparando o erro praticado por Saul contra os gibeonitas e entoando o belo cântico do capítulo 22: "...O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador. Deus é o meu rochedo, e nele confiarei; o meu escudo, e a força de minha salvação, e o meu alto retiro, e o meu refúgio. Ó meu Salvador, de violência me salvaste..." (v.2 e 3).
Por fim, Davi por orgulho enumera seu exército de 1.300.000 de soldados e percebe que sua atitude de não confiar no Senhor mas querer confiar em sua força não agrada a Deus e é julgado pelo Senhor quando mesmo assim diz que "...prefere cair nas mãos do Senhor do que nas mãos dos homens, pois grande é sua misericórdia..." (I Sm 24:14).
O livro se encerra com Davi comprando a eira de Arauna por 50 siclos/peças de prata e edificando um altar ao Senhor.
"...não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada..." I Sm 24:24
Ufa... quanta história...

Benção para nossas vidas!

Até breve...

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