sexta-feira, 26 de novembro de 2010

DIÁRIO DE VIAGEM V - MONTE MORIÁ...

Passarela que leva ao cume
do Monte Moriá
Dando continuidade ao Diário de Minha Viagem a Israel, quero falar um pouco sobre o Monte Moriá.

Este monte é tido como um lugar sagrado tanto para judeus como para muçulmanos e é um dos lugares onde senti um grande impacto pois vê-se as duas religiões lado a lado.

Um dos momentos mais impressionantes que presenciei foi em um Sábado pela tarde quando os judeus ao pé do Muro das Lamentações entoavam cantos de louvor a Deus e acima via-se a Cúpula do Domo da Rocha e da Mesquita Al-Aqsa iluminadas... os cantos pareciam uma invocação à Guerra e "soavam" como uma intensa provocação aos muçulmanos do lado de cima...

Cúpula da Mesquita Al-Aqsa
A Bíblia cita o Monte Moriá como o lugar do grande teste de Abraão: "...E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi..." Genesis 22:1 e 2. Foi aí que Abraão "quase" foi levado a sacrificar seu filho Isaque e onde ele pôde afirmar: "...E chamou Abraão o nome daquele lugar o SENHOR proverá; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá..." Genesis 22:14

Domo da Rocha
Mais tarde a Bíblia cita que neste monte Salomão ergue o Templo do Senhor: "...E começou Salomão a edificar a Casa do SENHOR em Jerusalém, no monte Moriá, onde o SENHOR se tinha mostrado a Davi, seu pai, no lugar que Davi tinha preparado na eira de Ornã, o jebuseu..." II Cronicas 3:1

A história conta que o Templo de Jerusalém foi destruído por Nabucodonozor e posteriormente reconstruído por Zorobabel. Mais tarde, Herodes promoveu uma revitalização do Templo, o que para alguns foi praticamente uma nova construção a ponto de chamarem "O Terceiro Templo" que foi destruído por volta do ano 70 da era cristã pelo Imperador Romano Tito.
Mesquita Al-Aqsa
Jerusalém permaneceu devastada até que foi conquistada pelos muçulmanos em 638, quando o califa Omar ibn-Khattab ordenou que o local fosse limpo e nele se construísse "uma casa de oração", uma pequena mesquita no Monte Moriá sendo depois substituida por uma maior denominada Al-Aqsa. Antes disso, sobre uma pedra que os muçulmanos crêem ter sido a pedra onde Maomé pisou antes de "ascender" aos céus foi construído o famoso "Domo da Rocha" que não é literalmente uma mesquita, mas um grande monumento islâmico sendo inclusive considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO.

O Domo da Rocha é para os muçulmanos um cofre que guarda a sagrada pedra da "última jornada" ou "jornada noturna" de Maomé.

Domo da Rocha
É profundamente impactante ver que do suntuoso Templo Judaico do passado resta apenas o muro ocidental que circundava o Templo de Herodes e que é denominado o "Muro das Lamentações"...
Saindo da parte de baixo, próximo ao Muro, subimos pela rampa até a parte superior do monte Moriá onde nos deparamos com a vista da Mesquita Al-Aqsa ao sul e o Domo da Rocha ao norte.

Confesso que foi um dos pontos mais impactantes da viagem... até porque  nós que somos dispensacionalistas, ficamos intrigados com o fato de que o Templo terá que ser reconstruído... nos colocamos a imaginar como este monumento gigantesco será retirado dalí? Um terremoto? Uma "simples" negociação? Como diz o velho ditado: "quem viver... verá"
Um abraço e até a próxima postagem, ainda sobre Jerusalém...

Domo da Rocha
Mesquita Al-Aqsa

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