terça-feira, 24 de agosto de 2010

A OFERTA DE MARIA

"...fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então Maria, tomando um arratel de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento..." João 12:2 e 3

Já compartilhei em algumas postagens passadas que coloquei o propósito de pregar todo o Evangelho de João em minha Igreja. Já se passaram 14 domingos, e nesta última semana cheguei no capítulo 12; ao preparar o sermão, os versículos acima me chamaram a atenção! Estes três irmãos me tocaram pelas atitudes distintas de cada um deles e que devem nos motivar a também desenvolver estas atitudes em nossas vidas. Primeiramente, reconheço que cada um deles fez o que fez motivado pelo amor de Jesus. O amor é o agente motivador de nossas vidas. Quando contemplamos o fato de que Ele não somente afirmou que nos amava, mas provou este amor morrendo na cruz em nosso lugar, isto deve levar-nos a oferecer a Ele o que lhe é devido...quando olhamos para Marta vemos que ela servia...
Marta nos motiva ao serviço! O amor deve nos impulsionar a servir... há uma escassez de servos na causa do Mestre. Muitos querem ser servidos, mas poucos querem servir! Deus deseja que seus filhos se disponham a Servir... já disse alguém que "Servo que não serve, não serve!" Siga hoje o exemplo de Marta e levante-se para servi-Lo... mas, quando olhamos para Lázaro vemos que assentado à mesa ele tinha comunhão com Jesus.
Isso mesmo! Lázaro nos ensina sobre comunhão! O amor deve nos motivar a desejar ter comunhão com o Mestre. "Oh quão bom e que quão suave é que os irmãos vivam em união... alegrei-me quando me disseram: Vamos a Casa do Senhor!" Sigamos o exemplo de Lázaro que assentado desejava ter comunhão! E Maria, o que nos ensina?
Maria nos ensina que devemos também nos ajoelhar para adorá-Lo! Sim... o Senhor está a procura de adoradores que o adorem em espírito e em verdade! Maria oferece a Jesus uma oferta de gratidão! Sim... estou convicto que ao oferecer unguento para ungir os pés de Jesus, Maria lembrava-se de seu irmão que estava morto mas reviveu... como seu coração deveria estar cheio de gratidão! E nós? Quando olhamos para todos os benefícios que Ele nos tem feito deveriamos nos ajoelhar em gratidão... mas, também vejo neste unguento, uma oferta de valor! Trezentos dinheiros! Trezentos dias de trabalho! Os olhos de Judas brilhavam ao pensar que todo este valor poderia ter sido depositado em sua "bolsa"... a oferta mais valiosa que poderíamos oferecer a Jesus hoje é a nossa vida! E por último vejo que a oferta de Maria foi uma oferta oportuna: "os pobres sempre tendes convosco, mas a Mim nem sempre me tendes..." O que temos que fazer, tem que ser hoje... a noite vem quando não poderemos mais trabalhar!
Olhando para os três irmãos percebemos as três atitudes que devem nos motivar: De pé para servi-Lo... assentado buscando Comunhão e ajoelhados para Adorá-Lo...

Que Deus te abençoe...

Se desejar ouvir a mensagem, clique abaixo...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

INFLUENCIANDO VIDAS ATRAVÉS DO PERDÃO

Como havia dito na postagem anterior, tive a responsabilidade de ministrar sobre perdão em um Encontro de Senhoras e quero te disponibilizar o esboço da mensagem e o áudio também... espero que te seja útil!



INFLUENCIANDO VIDAS ATRAVÉS DO MEU CARÁTER

Caráter: conjunto de qualidades boas ou más de um indivíduo que lhe determinam a conduta moral... temperamento...
Biblicamente significa compreender o meu chamado e ter a disposição de ficar focado neste chamado.
Qual é o nosso chamado? Nós fomos criados a IMAGEM e SEMELHANÇA de Deus, portanto temos a capacidade dada por Deus para refletir o caráter de Deus, ou seja, suas qualidades... seus atributos Morais.
O que Deus espera de seus filhos? O tipo de caráter desejado por Deus está claro em duas passagens bíblicas. Uma no Velho e outra no Novo Testamento:
Salmos 15 – sinceridade...pratica justiça... fala de coração... não difama... não faz mal... não aceita calúnia... mesmo que jure não muda...
Mateus 5 – humildes... choram... mansos... justos... misericordiosos... limpos de coração... pacificadores... perdoadores...

Focaremos agora em uma das facetas de nosso caráter cristão que deve ser clara em nossas vidas:

PERDÃO - Colossenses 3:8 a 14

Perdão = remissão de pena, indulto, desculpa... liberação ou cancelamento de uma obrigação
"O perdão é a remissão de uma punição merecida."  Palavras de Sêneca, filósofo romano irmão de Gálio o proconsul que se encontrou com Paulo.
Biblicamente é o cancelamento de uma dívida que seria impagável...
Nossos pecados faziam separação entre nós e DEUS – Isaias 59 e Romanos 3:23
Colossenses 2:13 e 14 – perdoando-vos de TODAS as ofensas... riscou a cédula (o escrito) que era contra nós CRAVANDO-A NA CRUZ
Romanos 5:8 a 11 - Quando somos perdoados, somos RECONCILIADOS - Isto é possível porque PERDOAR é o ato em que o OFENDIDO livra o OFENSOR de seu pecado e culpa.
DEUS ESTÁ SEMPRE PRONTO A PERDOAR – Salmos 86:5 “Tu Senhor és bom e PRONTO a perdoar...abundante em benignidade...”
DEUS AFASTA DE NÓS AS TRANSGRESSÕES – Salmos 103:11, 12 “quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia... quanto está longe o ocidente do ocidente assim afasta de nós as nossas transgressões...”
PERDÃO É ESSENCIAL PARA QUE VIVAMOS O EVANGELHO NA ÍNTEGRA – Marcos Aurélio Melo

O QUE NÃO É PERDÃO...

ESQUECER OU NEGAR A OFENSA – ignorar como se nada houvesse ocorrido... desta feita incentivamos o ofensor a continuar em seu erro... o fato de esquecer não está ligado a apagar da memória, mas sim deixar de considerar o outro com desprezo ou ressentimento
FINGIR PARA MANTER APARÊNCIA – aquela encenação de quando éramos crianças: “diga que está arrependido”... “peça desculpas ao seu amiguinho...” – recriminamos atos e comportamentos e não as intenções do coração (Tedd Tripp)
Normalmente esta encenação nos acompanha em nossa idade adulta

PERDOAR NÃO É IGNORAR A OFENSA E FINGIR QUE NADA ACONTECEU, MAS DAR A OPORTUNIDADE QUE UMA NOVA HISTÓRIA SEJA ESCRITA ENTRE OFENSOR E OFENDIDO.

PASSOS PARA O PERDÃO
Reconheça que...

1. Ato de obediência – Colossenses 3:13 - “... assim como Cristo vos perdoou...assim fazei...”
2. Ato de reciprocidade – Mateus 6:14 e 15 – “se perdoardes aos homens suas ofensas... vosso Pai vos perdoará... se não perdoardes aos homens... também vosso Pai não vos perdoará...”
3. Ato de sinceridade – Mateus 18:35 - “...se do coração não perdoardes cada um a seu irmão as suas ofensas...”
4. O direito de vingança pertence a Deus – Romanos 12:17 e 19 – “...minha é a vingança, eu recompensarei, diz o Senhor...”
5. O mal tem que ser vencido com o bem – Romanos 12:21

É aí que entra a história de Jim e Elizabeth Elliot... um exemplo de perdão...

Que Deus nos capacite a perdoar!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

UMA LIÇÃO DE PERDÃO

“Aquele que dá o que não pode manter, pra ganhar o que não pode perder, não é um tolo” - Jim Elliot

Recebi um convite para ministrar em um encontro de senhoras o tema: “Influenciando vidas através do caráter – abordando o perdão”
Orando e buscando no Senhor o discernimento, lembrei-me de um episódio que ilustra com profundidade a prática do perdão: A vida de Jim e Elizabeth Elliot.

Quem nunca ouviu acerca de Jim Elliot que foi brutalmente assassinado juntamente com seus quatro companheiros quando empreendiam um projeto de evangelização aos índios Aucas no Equador? É uma das mais fascinantes e marcantes histórias missionárias.
Nascido em 8 de Outubro de 1927 em Portland, Oregon, Jim recebeu a Jesus Cristo como Salvador aos 8 anos de idade... quão maravilhoso ver na vida dele as palavras de D.L.Moody cumpridas: “uma criança salva tem uma vida inteira pela frente para ser usada na obra do Salvador” . Ainda que a vida de Jim não foi tão longa, os poucos anos vividos foram com intensidade para o Mestre; conta-se que uma de suas mais constantes orações era: “Consuma minha vida, Senhor. Eu não quero uma vida longa, mas sim cheio de Ti, Senhor Jesus. Satura-me com o óleo do teu Espírito…”

Embora se destacasse talentosíssimo em qualquer atividade em que se envolvesse e aos olhos dos homens pudesse seguir uma carreira secular de sucesso, ele era convicto de sua vocação e chamada para o ministério e por isso priorizou seus estudos com o intuito de alcançar a melhor preparação possível para este intento, tanto que empenhou-se em estudar grego já visando uma possível tradução do evangelho para alguma língua nativa. Foi durante seus estudos que conheceu Elizabeth Howard, que também tinha um chamado para missões transculturais e se casaram em 1953 na cidade de Quito (Equador) sendo que em 1955, nasceu sua filha Valerie.

Convicto de seu chamado transcultural, Jim foi duramente criticado por alguns líderes que viam nele um futuro promissor, mas pastoreando Igrejas nos Estados Unidos e não pregando aos índios na Amazônia Equatoriana.

Juntamente com Ed McCully, Peter Fleming, Nate Saint e suas esposas, Jim e Elizabeth foram trabalhar no Equador com os índios Quechua sendo que Jim e Elizabeth trabalharam intensamente na tradução do Novo Testamento para a língua dos Quechuas. Mais tarde começaram a elaborar um plano para evangelização dos índios Aucas (hoje conhecidos como Huaoranis) que tinham a fama de serem muito violentos e que não possuiam nenhum contato com o mundo exterior; foi aí que Roger Youderian, um novo missionário juntamente com sua esposa pediu para se juntar ao grupo.

Durante quatro meses eles tentaram uma aproximação da tribo Auca levando presentes; a tática parecia estar dando certo pois os índios estavam retribuindo as gentilezas. Diante do progresso alcançado, os cinco jovens missionários resolvem montar um acampamento às margens do rio Curray e através de uma estação de rádio se comunicavam constantemente com suas esposas que tinham ficado na base da missão.
Pouco tempo depois, um grupo de quatro índios visitaram os missionários em seu acampamento. Os missionários deram-lhes presentes e alimentos como um sinal de paz o que foi retribuido. Outros contatos foram feitos por mais algumas vezes e um daqueles índios chegou a voar com Nate Saint em seu avião, sobrevoando sua própria aldeia.

Incentivados por uma visita de alguns indios no dia 7 de Janeiro, os missionários decidiram ir até a aldeia dos Aucas. Era o dia 8 de Janeiro de 1956, o fatídico dia! Nate e Jim sobrevoaram a área da aldeia dos Aucas e avistaram um grupo de 20 a 30 índios se movendo em direção ao acampamento. Pelo rádio se comunicaram com suas esposas dizendo do encontro iminiente com os índios pela manhã e disseram que entrariam em contato novamente às 16h30, contato este que jamais foi feito.

Ao chegarem na praia de seu acampamento, Nate e Jim avisaram aos outros que os Aucas estavam vindo. Como seria o encontro? Eles não sabiam. Mesmo munidos de armas, eles decidiram não utilizá-las e pouco tempo depois quando os Aucas chegaram os cinco foram violentamente assassinados pelos índios.

Angustiadas pela demora do contato de seus maridos, suas esposas solicitaram imediatamente ajuda. Forças do exercito equatoriano sobrevoaram o rio Curray e encontraram os corpos de quatro missionários (não foi encontrado o corpo de Ed McCully). Eles haviam sido brutalmente perfurados por lanças e machados. As esposas desses missionários, apesar da grande dor que sofreram, decidiram continuar com a missão, e algum tempo depois foram sucedidas na evangelização dos Aucas. Todo esforço e sofrimento foram recompensados: a tribo foi evangelizada e alguns anos mais tarde, o assassino de Jim Elliot, agora convertido ao Senhor Jesus e líder da igreja na aldeia batizou a filha de Jim e Elizabeth no rio onde seu pai tinha sido morto.

Que lição! Se voc^estivesse no lugar de Elizabeth, você perdoaria os assassinos de seu esposo? Permitiria que o próprio assassino batizasse sua filha?
Difícil, não? A situação se torna um pouco mais compreensível quando eu paro para refletir que EU SOU responsável pela morte do Filho de Deus! Isso mesmo! Cada um de nós somos assassinos de Jesus Cristo, pois sua morte foi em virtude de NOSSO pecado!
Se EU fui perdoado por Deus, como posso negar o perdão ao meu próximo?

A vida e o testemunho desses cinco missionários martirizados por amor ao evangelho têm inspirado até hoje centenas de jovens a dedicar suas vidas ao Senhor da seara. Jim Elliot procurou servir a Jesus com todas as suas forças e a maior parte de sua vida e de seu ministério é contado por sua esposa Elizabeth em dois livros publicados posteriormente. Sua célebre frase, encontrada em seu diário nos inspira a entregar sem reservas a nossas vidas nas mãos do Mestre:
“Aquele que dá o que não pode manter, para ganhar o que não pode perder, não é um tolo”.

Que Deus te abençoe!

Joel Barbosa

Esta postagem foi adaptada em cima do texto extraído da Biografia de Jim Elliot produzido por LUCIANO HÉRBET